sábado, 12 de julho de 2008

Os políticos deste país me deixam louco, diria o Kiko (aquele do Chaves, não

o presidente da Venezuela). Mas a solução seria o Homer para presidente.




A respeito do assunto mandei um email para o Senador Eduardo Matarazzo Suplicy e o mesmo respondeu:

"Excelentíssimo Senador Eduardo Suplicy

Escrevo para dizer que sou seu eleitor e não servo, como na Idade Média. Gostaria que falasse com os demais "Senhores Feudais" para tomar cuidado com as ações por "debaixo dos panos". Essas atitudes furtivas estão acabando com a imagem do Poder Legislativo Federal. Nem todo mundo é analfabeto (funcional ou político), apesar do poder público deixar a mingua a Educação, muitos se preocuparam em estudar e acompanhar o que fazem nossos políticos. É vergonhoso essa contratação de assessores, sem concurso público. A inflação está chegando aos poucos. Se o senado não tem sugestões para combatê-la, pelo menos deveria fazer sua parte no que diz respeito aos gastos públicos. O que se percebe daqui é que o Senado Federal está virando um feudo onde suseranos e vassalos se locupletam sem dar a mínima para os seus servos, desculpe, eleitores.Peço desculpas se fui grosseiro em escrever desta forma, mas como sou eleitor de Vossa Excelência, esta é a única forma que tenho de entrar em contato com alguém do Senado.

Sei de sua independência, por isso continuo com Vossa Excelência. Sei também que não é fácil se manter assim e espero que não mude.

Um abraço"



A resposta do Senador:



"Prezado José Luiz



Muito obrigado por sua mensagem, a qual li atentamente. Esclareço que sou contra a criação de novos cargos de confiança para os gabinetes dos senadores e das lideranças desta Casa. Aliás, há duas semanas, quando surgiram notícias sobre esse tema, pronunciei-me contrariamente. Creio que a melhor forma de preenchimento de cargos no serviço público é por meio de concurso público.Aproveito para enviar, em documento anexo, cópia do expediente que remeti ao Presidente do Senado Federal, Senador Garibaldi Alves Filho, acerca do assunto.Gostaria de continuar contando com sua confiança.



Senador Eduardo Matarazzo Suplicy"

Em tempo: Parece que o Senado Federal arquivou a contratação desses assessores, mas precisamos ficar atentos, precisamos participar mais, cobrar mais.
A internet favorece isso. Já pensou se todos nós ficarmos em cima deles. Muita coisa vai mudar.

Os documentos enviados por Suplicy estão no próximo post.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Lula ficou muito chateado por não ter sido lembrado como um dos que trabalharam pela libertação da franco-colombiana, refém das FARC há mais de 6 anos. Mas o que nosso presidente queria?

1- O que fez Lula por sua libertação? O tempo todo ficava em cima do muro, nem criticar as FARC, um grupo de narcotraficantes, Lula criticava.

2- O Brasil a pouco tempo tinha um escritório das FARC aqui dentro como se fosse um grupo político, coisa que não é.

3- E ao final do seqüestro ao invés de fazer um pronunciamento, como fez a maioria dos presidentes de outros países, soltou uma notinha sem vergonha, somente no outro dia falou
de uma maneira bem informal.

Lula pode ter uma popularidade enorme por vários motivos, mas precisa entender que nem tudo que ele faz e diz é a suprema verdade.
sexta-feira, 4 de julho de 2008

O ano era 1974. No Brasil a Ditadura Militar já completava 10 anos. Estava começando o governo do general Ernesto Geisel o qual tentava sustentar o famoso “Milagre Econômico” e “suavizar o regime militar” com uma lenta (muito lenta mesmo) redemocratização do país em substituição a terrível repressão aos direitos civis com as perseguições, torturas e mortes de centenas de pessoas. Na antiga Alemanha Ocidental (hoje reunificada) o Brasil buscava o tetracampeonato de futebol. A TV se popularizava no Brasil, país de poucos leitores, a televisão preenchia um vazio informativo, mas apenas 40% dos domicílios tinham acesso a esse veículo de comunicação (hoje a TV está presente em pelo menos 97% dos lares brasileiros).
Numa pequena cidade do interior de São Paulo o número de pessoas que tinham uma TV era menor ainda. Eu era um garoto de apenas 10 anos nessa época, e um “SEM-TV” como a maioria do povo brasileiro. “Milagre Econômico” para mim era chegar ao fim do dia saciado com um prato de feijão com arroz e um delicioso ovo frito. Quanto a Ditadura que assolava o país, como explicá-la a um moleque que tinha rios para nadar e pescar, matas para brincar de “desbravador dos sertões” e também trabalhar (nessa época o trabalho infantil não era uma preocupação nacional) para ajudar a família?
Sabia que a Copa do Mundo rolava solta na Europa. Minha família nem rádio tinha. Estava na escola, meu segundo lar, adorava tudo o que ela oferecia e sabia de sua importância para melhorar minha vida e de meus pais. Meus colegas de trabalho em grupo estavam combinando de assistir o jogo entre Brasil e Holanda pelas semi-finais da copa. Fiquei entusiasmado. Eles iriam para a casa de uma avó que tinha uma bela TV. Estranhei o fato de não me convidarem. Quando cheguei no local todos já estavam dentro e disseram que a avó não gostava que levassem estranhos para casa, então percebi que eles eram meus amigos apenas na escola (as primeiras lições da vida são duras). Fiquei no muro e vi pela janela quando o jogo começou, mas fecharam a janela e tive de voltar para casa humilhado e desesperado por não ver o Brasil jogar contra a famosa “Laranja Mecânica”, apelido dado para a Holanda durante a copa.
Com minha mente curta de troglodita cobrei minha mãe por não termos uma TV, falei para ela que poderíamos vender a casa e comprar uma televisão.
-- E vamos morar onde? Dentro da TV?, ela me respondeu, de forma áspera e coberta de razão.
Desolado fui no quintal, peguei um caixote de madeira, um pouco de carvão e desenhei uma TV com botões e tudo, e fiquei imaginando a partida. Ao retornar para escola meus amigos queriam saber porque eu estava tão contente, pois o Brasil levara “um passeio” da Holanda. Estava muito triste com meus amigos, mas feliz pois em meu jogo imaginário o Brasil ganhara da Holanda e foi tetracampeão.
Vinte anos depois, em 1994, o país se preparava para eleger pelo voto do povo seu segundo presidente da República após o Regime Militar e na minha TV de verdade, pude realizar o grande sonho de ver o Brasil jogar e ser campeão.

Quem sou Eu

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Jose Luiz
Itapetininga, SP, Brazil
Sou professor de história, adoro o Brasil, mas para realmente nos tornarmos uma Nação de Primeiro Mundo precisamos cuidar da saúde e educação da população. Melhorar o nível da classe política é fundamental. O esporte faz parte dessas questões como componente educacional, social e de qualidade de vida.
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Olá amigos, bem-vindos

Neste espaço pretendo colocar algumas opiniões a respeito de política, cidadania, educação, meio ambiente, enfim vou procurar abordar diversos assuntos, mas sempre de modo respeitoso com as opiniões contrárias, afinal a essência da democracia é a participação de todas as correntes de ideias, como já dizia Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."

A importância das eleições

"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão" (Eça de Queiroz)

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