O mundo parece querer voltar a Idade Média, aquele período da história europeia dominado por reis e senhores feudais, castelos, batalhas sangrentas, intolerância religiosa, pestes. A tal “gripe suína” está diariamente na mídia (ao lado da farra dos deputados e senadores com passagens aéreas e outras “maracutaias”, normais segundo o presidente da república). Até 1889, durante o império, as certidões de óbitos eram assinados por padres devido a ligação entre Estado e Igreja e como os mesmos estavam preparados para explicar a bíblia e não para diagnosticar doenças surgiam algumas situações exóticas quando assinavam esses documentos como as que relaciono abaixo (fonte revista superinteressante) :
DE QUE MORRIAM OS BRASILEIROS?
(ANO † NOME † CAUSA MORTIS)
† 1768 MARIA ANTÔNIA † “alienação dos sentidos”
† 1771 CÔNEGO TOMÉ PINTO † “ subitamente, porque o acharam na cama”
† 1859 JOÃO † “cãibra no sangue”
† 1860 JOÃO(ESCRAVO) † “ congestão cerebral”
† 1860 FRANCISCO ANTONIO † “cupim nos pés”
† 1861 MARIA JOANA DAS DORES † “apressadamente”
† 1862 JOAQUIM DE JESUS † “ataque cerebral”
† 1868 JOÃO † “marasmo”
Essa tal epidemia de gripe está me deixando preocupado, não é fácil pensar que um dia meus netos e bisnetos dirão aos amiguinhos: “__ Meu avô morreu de GRIPE SUÍNA”. Tudo menos isso, até parece que retornamos ao período do império brasileiro. O presidente Lula disse que a gripe não chegará ao Brasil, como se o timbre potente de sua voz emitido ao discursar dezenas de vezes produzisse uma bolha poderosa que cobrisse todo o Brasil, nos protegendo. Não somos todos ingênuos, nosso país não é uma ilha, isolado do mundo. Isso vale para a Crise Econômica Internacional também.
Mas tudo bem, o presidente às vezes não sabe bem o que fala. “Os caras” mudaram o nome da gripe, agora podemos ficar sossegados e esperar o“influenza A (H1N1)”, melhor que morrer de “marasmo” ou “cupim nos pés”.
(Texto do autor publicado no Jornal Cidade de Itapetininga, menos a charge)
Quem sou Eu
- Jose Luiz
- Itapetininga, SP, Brazil
- Sou professor de história, adoro o Brasil, mas para realmente nos tornarmos uma Nação de Primeiro Mundo precisamos cuidar da saúde e educação da população. Melhorar o nível da classe política é fundamental. O esporte faz parte dessas questões como componente educacional, social e de qualidade de vida.
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