08:25 | Postado por
Jose Luiz
A respeito do assunto mandei um email para o Senador Eduardo Matarazzo Suplicy e o mesmo respondeu:
"Excelentíssimo Senador Eduardo Suplicy
Escrevo para dizer que sou seu eleitor e não servo, como na Idade Média. Gostaria que falasse com os demais "Senhores Feudais" para tomar cuidado com as ações por "debaixo dos panos". Essas atitudes furtivas estão acabando com a imagem do Poder Legislativo Federal. Nem todo mundo é analfabeto (funcional ou político), apesar do poder público deixar a mingua a Educação, muitos se preocuparam em estudar e acompanhar o que fazem nossos políticos. É vergonhoso essa contratação de assessores, sem concurso público. A inflação está chegando aos poucos. Se o senado não tem sugestões para combatê-la, pelo menos deveria fazer sua parte no que diz respeito aos gastos públicos. O que se percebe daqui é que o Senado Federal está virando um feudo onde suseranos e vassalos se locupletam sem dar a mínima para os seus servos, desculpe, eleitores.Peço desculpas se fui grosseiro em escrever desta forma, mas como sou eleitor de Vossa Excelência, esta é a única forma que tenho de entrar em contato com alguém do Senado.
Sei de sua independência, por isso continuo com Vossa Excelência. Sei também que não é fácil se manter assim e espero que não mude.
Um abraço"
A resposta do Senador:
"Prezado José Luiz
Muito obrigado por sua mensagem, a qual li atentamente. Esclareço que sou contra a criação de novos cargos de confiança para os gabinetes dos senadores e das lideranças desta Casa. Aliás, há duas semanas, quando surgiram notícias sobre esse tema, pronunciei-me contrariamente. Creio que a melhor forma de preenchimento de cargos no serviço público é por meio de concurso público.Aproveito para enviar, em documento anexo, cópia do expediente que remeti ao Presidente do Senado Federal, Senador Garibaldi Alves Filho, acerca do assunto.Gostaria de continuar contando com sua confiança.
Senador Eduardo Matarazzo Suplicy"
Em tempo: Parece que o Senado Federal arquivou a contratação desses assessores, mas precisamos ficar atentos, precisamos participar mais, cobrar mais.
A internet favorece isso. Já pensou se todos nós ficarmos em cima deles. Muita coisa vai mudar.
Os documentos enviados por Suplicy estão no próximo post.
"Excelentíssimo Senador Eduardo Suplicy
Escrevo para dizer que sou seu eleitor e não servo, como na Idade Média. Gostaria que falasse com os demais "Senhores Feudais" para tomar cuidado com as ações por "debaixo dos panos". Essas atitudes furtivas estão acabando com a imagem do Poder Legislativo Federal. Nem todo mundo é analfabeto (funcional ou político), apesar do poder público deixar a mingua a Educação, muitos se preocuparam em estudar e acompanhar o que fazem nossos políticos. É vergonhoso essa contratação de assessores, sem concurso público. A inflação está chegando aos poucos. Se o senado não tem sugestões para combatê-la, pelo menos deveria fazer sua parte no que diz respeito aos gastos públicos. O que se percebe daqui é que o Senado Federal está virando um feudo onde suseranos e vassalos se locupletam sem dar a mínima para os seus servos, desculpe, eleitores.Peço desculpas se fui grosseiro em escrever desta forma, mas como sou eleitor de Vossa Excelência, esta é a única forma que tenho de entrar em contato com alguém do Senado.
Sei de sua independência, por isso continuo com Vossa Excelência. Sei também que não é fácil se manter assim e espero que não mude.
Um abraço"
A resposta do Senador:
"Prezado José Luiz
Muito obrigado por sua mensagem, a qual li atentamente. Esclareço que sou contra a criação de novos cargos de confiança para os gabinetes dos senadores e das lideranças desta Casa. Aliás, há duas semanas, quando surgiram notícias sobre esse tema, pronunciei-me contrariamente. Creio que a melhor forma de preenchimento de cargos no serviço público é por meio de concurso público.Aproveito para enviar, em documento anexo, cópia do expediente que remeti ao Presidente do Senado Federal, Senador Garibaldi Alves Filho, acerca do assunto.Gostaria de continuar contando com sua confiança.
Senador Eduardo Matarazzo Suplicy"
Em tempo: Parece que o Senado Federal arquivou a contratação desses assessores, mas precisamos ficar atentos, precisamos participar mais, cobrar mais.
A internet favorece isso. Já pensou se todos nós ficarmos em cima deles. Muita coisa vai mudar.
Os documentos enviados por Suplicy estão no próximo post.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
06:42 | Postado por
Jose Luiz
Lula ficou muito chateado por não ter sido lembrado como um dos que trabalharam pela libertação da franco-colombiana, refém das FARC há mais de 6 anos. Mas o que nosso presidente queria?
1- O que fez Lula por sua libertação? O tempo todo ficava em cima do muro, nem criticar as FARC, um grupo de narcotraficantes, Lula criticava.
2- O Brasil a pouco tempo tinha um escritório das FARC aqui dentro como se fosse um grupo político, coisa que não é.
3- E ao final do seqüestro ao invés de fazer um pronunciamento, como fez a maioria dos presidentes de outros países, soltou uma notinha sem vergonha, somente no outro dia falou
de uma maneira bem informal.
Lula pode ter uma popularidade enorme por vários motivos, mas precisa entender que nem tudo que ele faz e diz é a suprema verdade.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
09:06 | Postado por
Jose Luiz
O ano era 1974. No Brasil a Ditadura Militar já completava 10 anos. Estava começando o governo do general Ernesto Geisel o qual tentava sustentar o famoso “Milagre Econômico” e “suavizar o regime militar” com uma lenta (muito lenta mesmo) redemocratização do país em substituição a terrível repressão aos direitos civis com as perseguições, torturas e mortes de centenas de pessoas. Na antiga Alemanha Ocidental (hoje reunificada) o Brasil buscava o tetracampeonato de futebol. A TV se popularizava no Brasil, país de poucos leitores, a televisão preenchia um vazio informativo, mas apenas 40% dos domicílios tinham acesso a esse veículo de comunicação (hoje a TV está presente em pelo menos 97% dos lares brasileiros).
Numa pequena cidade do interior de São Paulo o número de pessoas que tinham uma TV era menor ainda. Eu era um garoto de apenas 10 anos nessa época, e um “SEM-TV” como a maioria do povo brasileiro. “Milagre Econômico” para mim era chegar ao fim do dia saciado com um prato de feijão com arroz e um delicioso ovo frito. Quanto a Ditadura que assolava o país, como explicá-la a um moleque que tinha rios para nadar e pescar, matas para brincar de “desbravador dos sertões” e também trabalhar (nessa época o trabalho infantil não era uma preocupação nacional) para ajudar a família?
Sabia que a Copa do Mundo rolava solta na Europa. Minha família nem rádio tinha. Estava na escola, meu segundo lar, adorava tudo o que ela oferecia e sabia de sua importância para melhorar minha vida e de meus pais. Meus colegas de trabalho em grupo estavam combinando de assistir o jogo entre Brasil e Holanda pelas semi-finais da copa. Fiquei entusiasmado. Eles iriam para a casa de uma avó que tinha uma bela TV. Estranhei o fato de não me convidarem. Quando cheguei no local todos já estavam dentro e disseram que a avó não gostava que levassem estranhos para casa, então percebi que eles eram meus amigos apenas na escola (as primeiras lições da vida são duras). Fiquei no muro e vi pela janela quando o jogo começou, mas fecharam a janela e tive de voltar para casa humilhado e desesperado por não ver o Brasil jogar contra a famosa “Laranja Mecânica”, apelido dado para a Holanda durante a copa.
Com minha mente curta de troglodita cobrei minha mãe por não termos uma TV, falei para ela que poderíamos vender a casa e comprar uma televisão.
-- E vamos morar onde? Dentro da TV?, ela me respondeu, de forma áspera e coberta de razão.
Desolado fui no quintal, peguei um caixote de madeira, um pouco de carvão e desenhei uma TV com botões e tudo, e fiquei imaginando a partida. Ao retornar para escola meus amigos queriam saber porque eu estava tão contente, pois o Brasil levara “um passeio” da Holanda. Estava muito triste com meus amigos, mas feliz pois em meu jogo imaginário o Brasil ganhara da Holanda e foi tetracampeão.
Vinte anos depois, em 1994, o país se preparava para eleger pelo voto do povo seu segundo presidente da República após o Regime Militar e na minha TV de verdade, pude realizar o grande sonho de ver o Brasil jogar e ser campeão.
Numa pequena cidade do interior de São Paulo o número de pessoas que tinham uma TV era menor ainda. Eu era um garoto de apenas 10 anos nessa época, e um “SEM-TV” como a maioria do povo brasileiro. “Milagre Econômico” para mim era chegar ao fim do dia saciado com um prato de feijão com arroz e um delicioso ovo frito. Quanto a Ditadura que assolava o país, como explicá-la a um moleque que tinha rios para nadar e pescar, matas para brincar de “desbravador dos sertões” e também trabalhar (nessa época o trabalho infantil não era uma preocupação nacional) para ajudar a família?
Sabia que a Copa do Mundo rolava solta na Europa. Minha família nem rádio tinha. Estava na escola, meu segundo lar, adorava tudo o que ela oferecia e sabia de sua importância para melhorar minha vida e de meus pais. Meus colegas de trabalho em grupo estavam combinando de assistir o jogo entre Brasil e Holanda pelas semi-finais da copa. Fiquei entusiasmado. Eles iriam para a casa de uma avó que tinha uma bela TV. Estranhei o fato de não me convidarem. Quando cheguei no local todos já estavam dentro e disseram que a avó não gostava que levassem estranhos para casa, então percebi que eles eram meus amigos apenas na escola (as primeiras lições da vida são duras). Fiquei no muro e vi pela janela quando o jogo começou, mas fecharam a janela e tive de voltar para casa humilhado e desesperado por não ver o Brasil jogar contra a famosa “Laranja Mecânica”, apelido dado para a Holanda durante a copa.
Com minha mente curta de troglodita cobrei minha mãe por não termos uma TV, falei para ela que poderíamos vender a casa e comprar uma televisão.
-- E vamos morar onde? Dentro da TV?, ela me respondeu, de forma áspera e coberta de razão.
Desolado fui no quintal, peguei um caixote de madeira, um pouco de carvão e desenhei uma TV com botões e tudo, e fiquei imaginando a partida. Ao retornar para escola meus amigos queriam saber porque eu estava tão contente, pois o Brasil levara “um passeio” da Holanda. Estava muito triste com meus amigos, mas feliz pois em meu jogo imaginário o Brasil ganhara da Holanda e foi tetracampeão.
Vinte anos depois, em 1994, o país se preparava para eleger pelo voto do povo seu segundo presidente da República após o Regime Militar e na minha TV de verdade, pude realizar o grande sonho de ver o Brasil jogar e ser campeão.
domingo, 29 de junho de 2008
14:11 | Postado por
Jose Luiz
Há cinco meses tomei uma decisão: deixar de ser SEDENTÁRIO. O Homem em suas primitivas origens foi nômade, ao se tornar sedentário, com o advento da agricultura, fez surgir a civilização e nós seres civilizados levamos tão a sério esse negócio que nem nos levantamos do sofá para desligar a TV. Esse foi meu primeiro passo, depois veio uma caminhada e mais caminhadas, hoje não consigo ficar sem correr, faço isso quase todos os dias.
Mas este artigo não é sobre as benesses da atividade física. Moro há 15 anos em Itapetininga, cidade que me adotou apesar de minhas raízes estarem em Guareí. O Rio Itapetininga está para os itapetininganos como o Guareí está para os guareienses, e o Ribeirão dos cavalos onde corro, está para mim hoje como o Guarda-mor esteve na minha infância e na vida de meus pais e avós.
Bem antes que o sol mostre a sua cara, estou correndo na marginal que passa ao lado do rio. É gratificante e triste ao mesmo tempo, no silêncio da manhã, na brisa suave, ouvir o barulho das águas e sentir o pouco de vida que pulsa no leito agonizante de um rio, cujas águas soam menos como tal e mais como lágrimas. Um rio como tantos outros implorando piedade, sem saber porque sofre.
A mídia e a preocupação em geral são com o Rio Amazonas, Tiête, São Francisco, com toda razão pela importância social e econômica desses rios, mas são os ribeirões que marcam nossas vidas, por estarem tão próximos e tão esquecidos.
Fico a pensar como somos egoístas, como nos achamos auto-suficientes. Não respeitamos a natureza, não respeitamos nada!
Somos um resquício de poeira no meio do universo e tratamos o nosso meio ambiente como se fosse um produto descartável que se compra em qualquer supermercado.
Quando percebermos que perto da força da natureza somos insignificantes, talvez seja tarde demais. Essa natureza que um dia se voltou contra seres magníficos e poderosos como os dinossauros, sem tomar conhecimento dos mesmos. Herdamos a Terra, mas a tratamos como se fosse uma meretriz, talvez até pior.
O Homem necessita aprender rapidamente com seus erros, pois as próximas gerações necessitam dessa virada de consciência nos dias de hoje.
Mas este artigo não é sobre as benesses da atividade física. Moro há 15 anos em Itapetininga, cidade que me adotou apesar de minhas raízes estarem em Guareí. O Rio Itapetininga está para os itapetininganos como o Guareí está para os guareienses, e o Ribeirão dos cavalos onde corro, está para mim hoje como o Guarda-mor esteve na minha infância e na vida de meus pais e avós.
Bem antes que o sol mostre a sua cara, estou correndo na marginal que passa ao lado do rio. É gratificante e triste ao mesmo tempo, no silêncio da manhã, na brisa suave, ouvir o barulho das águas e sentir o pouco de vida que pulsa no leito agonizante de um rio, cujas águas soam menos como tal e mais como lágrimas. Um rio como tantos outros implorando piedade, sem saber porque sofre.
A mídia e a preocupação em geral são com o Rio Amazonas, Tiête, São Francisco, com toda razão pela importância social e econômica desses rios, mas são os ribeirões que marcam nossas vidas, por estarem tão próximos e tão esquecidos.
Fico a pensar como somos egoístas, como nos achamos auto-suficientes. Não respeitamos a natureza, não respeitamos nada!
Somos um resquício de poeira no meio do universo e tratamos o nosso meio ambiente como se fosse um produto descartável que se compra em qualquer supermercado.
Quando percebermos que perto da força da natureza somos insignificantes, talvez seja tarde demais. Essa natureza que um dia se voltou contra seres magníficos e poderosos como os dinossauros, sem tomar conhecimento dos mesmos. Herdamos a Terra, mas a tratamos como se fosse uma meretriz, talvez até pior.
O Homem necessita aprender rapidamente com seus erros, pois as próximas gerações necessitam dessa virada de consciência nos dias de hoje.
Artigo publicado no Jornal A Tribuna de Guareí em maio/2007
13:57 | Postado por
Jose Luiz
Nos últimos meses através das ações espetaculares da Polícia Federal abriu-se a frente de nossos olhos uma verdadeira chaga que parece não ter fim: a corrupção. Os três poderes da República foram atingidos nessas manobras da polícia, mas como sempre fica aquele cheiro de impunidade no ar, pois poucos permanecem presos o que se constitui em matéria-prima para moldar novos corruptos a cada dia. A ação da Polícia Federal nos mostra uma ferida mal cheirosa que deve ser suturada rapidamente, pois afeta toda sociedade.
Há mais de 100 anos atrás um pensamento tomava conta do país “ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil”, frase do naturalista francês Auguste Saint-Hilaire que deve ter inspirado em 1928 o nosso poeta modernista Mario de Andrade que dizia: “Pouca saúde e muita saúva os males do Brasil são!”.
Parece que a corrupção irá fazer o que a saúva não conseguiu. Não quero ser injusto com esse inseto, pois elas só se tornam terríveis depois de estabelecido um desequilíbrio ecológico, como sempre, pelo homem.
A ótima notícia é o povo tomar conhecimento do que acontece nas entranhas do poder e de toda essa lamaceira, mas os poderosos sempre tentam se livrar usando o próprio poder e mais corrupção. A imprensa tem tido um papel fundamental na elucidação e divulgação dessas mazelas, como um verdadeiro “quarto poder”, não deixando o assunto morrer o que esconderia as falcatruas.
Mas voltando as saúvas, coitadas! Não são páreo para as ratazanas travestidas de políticos que transformaram o Brasil num verdadeiro queijo suíço e querem posar como guardiões dos nossos impostos e necessidades básicas. As pessoas de bem deste país, que ainda são a maioria, não podem aceitar isso tudo.
As dores do parto diz-se serem insuportáveis. Talvez a verdadeira democracia brasileira esteja nascendo, mesmo a fórceps, pois é urgente uma REFORMA POLÍTICA séria para corrigir esse ralo que carrega para o esgoto as verbas da segurança, da saúde e da educação.
Artigo publicado no jornal A Tribuna de Guareí
Charge IOTTI Jornal Zero Hora
12:16 | Postado por
Jose Luiz
Sabemos muito bem o valor dos símbolos na sociedade em que vivemos, a Cruz para os cristãos, a estrela de David para os Judeus... Até mesmo os escudos de nossos clubes favoritos de futebol. Por muito tempo a bandeira do PT (Partido dos Trabalhadores) era sinônimo de Ética, do bem, da luta por mais igualdade social. Há alguns dias ao sair de casa, num dia chuvoso, me deparei com uma cena inusitada: a bandeira do PT enrolada, jogada no lixo. Fiquei por alguns instantes observando e refletindo. Era uma imagem forte e significativa, a bandeira, vermelha, solitária, encharcada, no lixo.
Talvez o dono simplesmente tivesse comprado uma maior e mais nova e descartou a velha bandeira velha, mas o simbolismo era grande, visto o que ocorreu, nos últimos tempos, na política brasileira.
Tenho muitos amigos no PT (e espero continuar a ter) os quais admiro e respeito por acreditarem num sonho que para mim já morreu, fossilizado para sempre nos últimos escândalos .
Em junho de 2005, auge da tormenta iniciada pela metralhadora giratória de Roberto Jefferson (lembram-se dele?) em Brasília, como muitos, estava de “queixo caído” com a lama que se avolumava a olhos vistos, sem querer acreditar no que lia e ouvia. Fiquei sabendo que viria para Itapetininga um “grande cacique” do PT para a comemoração dos 25 anos de fundação do Diretório na cidade. Vislumbrei uma chance para assistir “in loco” a versão de uma grande autoridade do governo. Mas como os dirigentes máximos do partido estavam enrolados em Brasília tentando explicar quem era o tal de “Marcos Valério e Cia”, enviaram um senhor, bem educado e cordial, até então não muito conhecido, era o deputado federal Arlindo Chinaglia, hoje disputando a presidência da Câmara Federal (com chances de ganhar), cargo que é o segundo com direito na sucessão de LULA, não é pouca coisa.
Ao final do encontro, depois de belos discursos, pouco se falou sobre os escândalos que envolviam a capital Federal (de fato era um assunto muito chato ), ressaltou apenas que nada se tinha de concreto contra o governo e o partido. Um mês depois um assessor petista foi pego com 100 mil dólares na ...CUECA. Era a ponta do iceberg, o resto todos sabemos o que aconteceu. E como estamos no Brasil quase ninguém foi punido e outros “se acharam inocentados pelas urnas”, pois conseguiram se reeleger.
Algumas pessoas ligadas ao partido, tentando arrumar uma explicação saiam com esta:”No Brasil tem que jogar com as mesmas armas dos adversários, senão nunca se chega ao poder e muito menos se mantém nele”. Fiquei ainda mais desconcertado com esse tipo de resposta, pois as pessoas acreditavam no PT porque achavam o partido diferenciado justamente por isso, de não procurar o poder a qualquer custo, seja material ou moral. Sempre acreditei em partidos fortes (no plural, bem enfatizado), com projetos concretos, soluções viáveis. Podemos criticar os EUA (e eles merecem tais críticas) por muitas coisas, mas lá se sabe muito bem o que significa votar no Partido Republicano ou no Partido Democrata.
As pessoas sérias (e são muitas) que ainda estão no PT precisam perceber que os culpados por isso tudo não são os outros partidos, nem as elites (muitos até adoram o Lula), nem a imprensa. É preciso aceitar as criticas e tentar reconstruir pelo menos o que sobrou do projeto inicial e ajudar verdadeiramente o país.
A bandeira do PT e o Brasil merecem mais respeito.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Guareí em janeiro/2007
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Quem sou Eu
- Jose Luiz
- Itapetininga, SP, Brazil
- Sou professor de história, adoro o Brasil, mas para realmente nos tornarmos uma Nação de Primeiro Mundo precisamos cuidar da saúde e educação da população. Melhorar o nível da classe política é fundamental. O esporte faz parte dessas questões como componente educacional, social e de qualidade de vida.
Olá amigos, bem-vindos
Neste espaço pretendo colocar algumas opiniões a respeito de política, cidadania, educação, meio ambiente, enfim vou procurar abordar diversos assuntos, mas sempre de modo respeitoso com as opiniões contrárias, afinal a essência da democracia é a participação de todas as correntes de ideias, como já dizia Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
A importância das eleições
"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão" (Eça de Queiroz)